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sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Solução RFID para eventos e baladas

Nós somos RFID !




Temos a solução completa para identificação dos seus convidados em ambientes abertos ou fechados.


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Com o uso de Beacons a Panvista rastreia tráfego em eventos e baladas

A solução Analytics 360 da empresa usa beacons Bluetooth a bateria e foi projetada para ser fácil e barata para instalar e operar
Por Claire Swedberg - RFID Journal Brasil
Panvista, empresa de telefonia móvel e de inteligência com sede em Toronto, no Canadá, está fornecendo uma solução que usa beacons Bluetooth Low Energy (BLE) para ajudar expositores em feiras a identificar onde as pessoas estão e quanto tempo gastam em determinadas áreas. O sistema, conhecido como Analytics 360, ajuda expositores a melhor compreender os seus visitantes e permite que os organizadores do evento gerem receitas adicionais pelo melhor planejamento e precificação dos estandes, com base no fluxo de tráfego.
A solução Analytics 360 vem em duas versões, cada uma empregando beacons Bluetooth. Um usa beacons Bluetooth na forma de crachás inteligentes usados pelos participantes, bem como a instalação de sensores movidos a bateria Bluetooth (receptores) para habilitar o software Panvista, que identifica os locais desses indivíduos. Uma segunda versão envolve um aplicativo móvel rodando em smartphones habilitados para Bluetooth, juntamente com a instalação de beacons Bluetooth no chão para identificar a localização de cada visitante.
Relatório estande por estande
A empresa foi criada há sete anos para oferecer aplicativos que ajudem feiras e expositores a compartilhar conteúdo com seus visitantes. Cerca de dois anos e meio atrás, diz Andrew Echenberg, presidente da Panvista, os clientes começaram a fazer perguntas sobre o que mais um aplicativo poderia fazer. Eles procuraram conhecer não só quanta atividade havia em um aplicativo, mas também dados físicos relacionados com a localização de um usuário de aplicativo, a fim de ajudá-los a identificar os participantes. Essas empresas queriam uma maneira de saber o quanto melhorar o posicionamento e quais oportunidades de negócios estavam disponíveis. Muitas vezes, uma feira comércial é composta por centenas de milhares de metros quadrados com milhares de participantes e saber qual espaço está sendo usado é quase impossível.
Muitas empresas utilizam o Google Analytics ou serviços semelhantes para rastrear e relatar o tráfego do site. O objetivo da Panvista era encontrar uma maneira de levar esse tipo de análise para o mundo físico, explica Echenberg, acrescentando que o Analytics 360 destina-se a ajudar feiras e expositores. "Nossa premissa era uma tecnologia que abordasse as questões que não estavam sendo respondidas", afirma.
Heatmap report mostra concentração de pessoas
A empresa concluiu que uma tag passiva UHF e leitores RFID forneciam uma solução limitada. Os leitores poderiam ser instalados em locais-chave, como portas, para ler tags em crachás de identificação dos participantes, a fim de controlar a forma como muitas pessoas passam por uma área e quando isso ocorreu. No entanto, os dados recolhidos seriam limitados a áreas onde foram instalados os interrogadores e os leitores mesmos caros, assim como a instalação desses dispositivos.
Os dados baseados em beacon podem ser adquiridos de modo menos dispendioso, afirma Echenberg. No entanto, usar aplicativos móveis para coletar dados tem suas limitações, pois isso requer que os usuários primeiro baixem o aplicativo e ativem a funcionalidade Bluetooth do seu smartphone. Esses requisitos, observa ele, reduzem o percentual de participantes que utilizam o sistema.
Portanto, a Panvista desenvolveu uma solução alternativa que envolve o uso de um beacon BLE incorporado num emblema inteligente entregue a cada participante. Neste caso, ao se inscrever para o evento, um participante forneceria dados pessoais, incluindo a sua empresa, cargo e interesses. Esta informação pode então ser armazenada juntamente com o número de identificação do beacon Bluetooth no crachá inteligente da pessoa.
Quando o indivíduo caminha pelo evento, os sensores-receptores Bluetooth da Panvista instalados em vários locais permitem que o sistema rastreie automaticamente a pessoa, sua localização e tempo de permanência em cada local. Estes dados podem ajudar os expositores e organizadores de feiras a entender seus participantes.
Lead-list report
A solução Analytics 360 também vem na versão baseada em aplicativo mais tradicional BLE. Neste caso, mostra ao expositor e organizador apenas a colocação de alguns beacons movidos a bateria em torno de áreas de interesse. Fabricados no Canadá pela Panvista, os beacons são baratos, diz Echenberg. Seis ou sete são normalmente necessários para cobrir um salão de exposições 10.000 metros quadrados e uma instalação desta custaria US$ 5.000, nos Estados Unidos ou Canadá.
Em qualquer cenário, Echenberg diz que a implantação é bastante simples. Um expositor poderia acessar o software Analytics 360 em um servidor baseado em nuvem, criar um mapa de suas instalações e, em seguida, colocar sinalizadores ou sensores Bluetooth em torno do assoalho, indicando no software onde eles estão sendo instalados clicando no mapa.
Relatório de fluxo de tráfego

Trabalho acadêmico analisa solução para estoques de café

O sistema com etiquetas de RFID acompanha a entrada, armazenagem e saída de mercadorias na Coopercam, em Minas Gerais
Por Edson Perin - Fonte: RFID Journal Brasil
Empilhadeira com bag de café identificado por RFID deposita a mercadoria no local correto
O trabalho acadêmico intitulado "Uso da RFID: rastreabilidade de bag em armazém de café" analisa em profundidade o uso da tecnologia de identificação por radiofrequência (RFID) para controlar automaticamente os estoques de café da Cooperativa dos Cafeicultores de Campos Gerais e Campo do Meio Ltda (Coopercam), cooperativa localizada em Campos Gerais, no sul de Minas Gerais, município com elevado número de pequenas propriedades e produção anual de 600 mil sacas de café.
De acordo com o projeto acadêmico de Hendrix Brasiliense, que também é sócio da Brasilsync, empresa que realizou a integração dos sistemas com RFID, a Coopercam ganhou em agilidade de processos, com redução do tempo para execução de tarefas relacionadas ao armazenamento de café, redução de custos, informações da real situação dos tipos de grãos disponíveis e em uma plataforma web, de fácil acesso.
O caso de sucesso foi publicado pelo RFID Journal Brasil neste mês (leia a íntegra em Brasil usa tecnologia para controlar estoques de café). Assim que o café chega para ser armazenado, o conteúdo da bag passa a ser relacionado à tag, identificando o item e o seu endereçamento no local de estoque, informações que são gravadas no sistema. E essa informação segue por Wi-Fi, em tempo real.
As etiquetas de RFID servem para mapear cada endereço de localização dos armazéns de bags com café e as próprias bags. “As tags usadas para o gerenciamento de localização geram a informação no mapa do armazém”, explica Brasiliense. “Nas bags existe uma bolsa onde colocamos a tag que vai identificar o item. Então, quando o café é descarregado e encaminhado para a bag, todo o processo tornou-se automático”. As pilhas de bags do armazém têm identificações no solo, que são lidas pelas empilhadeiras. Se uma bag for colocada em local errado, o sistema avisa o condutor do veículo, por uma tela em seu painel, que então tem de recolocar o produto no endereço indicado.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Create the Internet of Your Things - Microsoft's Vision for IoT

A Internet das Coisas apresenta enormes oportunidades para as empresas, e na Microsoft, acreditamos que ele não tem que ser difícil. A Internet das Coisas (IoT) começa com as suas coisas, onde suas coisas são o que mais importa para o seu negócio. Saiba mais sobre como a Internet das coisas pode ajudar a 



Coisas inteligentes - Uma revolução silenciosa baseada em beacons e RFID

Coisas inteligentes - Uma revolução silenciosa


A interconectividade dos equipamentos, apoiada pela computação em nuvem e pelo Big Data, está transformando setores como o da pecuária


Por Francisco Jardim, com a colaboração de Thiago Lobão - Revista PEGN

Muito se fala sobre a revolução tecnológica proporcionada pela internet das coisas. Em algum momento, a interconectividade entre equipamentos por meio da web afetará a vida de todos. Trata-se de uma tendência incontestável, forte diretriz de P&D em gigantes como Google, Intel, Apple, Cisco, Ericsson e General Electric.

São inúmeras iniciativas. Talvez as mais conhecidas ainda sejam as casas inteligentes, com níveis de automação cada vez mais sofisticados, nas quais até uma banheira pode ser acionada a distância, pelo simples toque de um smartphone. Existe muita expectativa sobre os carros autônomos (que operam sem motorista), plenamente sensoriados, capazes de tornar real um cenário até então encarado como fantasia de desenho futurista. O Google já iniciou ações rumo à regulamentação desses veículos nos Estados Unidos e, em breve, robôs de quatro rodas poderão aparecer por aí, correndo pelas estradas sem qualquer intervenção humana.

Esse novo mundo de casas e carros inteligentes pode até soar hoje como ficção científica, mas é na verdade fruto de uma visão de P&D madura, baseada no avanço de tecnologias ligadas a um conceito relativamente antigo, o M2M (machine to machine – máquina para máquina). Na grande maioria dos segmentos industriais, o acionamento automático de equipamentos por meio de outros equipamentos é uma premissa operacional, uma exigência mínima para o funcionamento adequado de linhas de produção. O boom da robotização dessas indústrias foi consequência dos avanços tecnológicos em elementos de sensoriamento e autuação, sistemas em engenharia que nunca mais se separaram depois do advento da telemetria e da disseminação do uso de microcontroladores.

Numa visão bastante simplista, porém didática, pode-se entender a internet das coisas como o resultado do encontro da telemetria e do controle com as infinitas possibilidades trazidas pela internet e, mais especificamente, pelo cloud e seu fiel novo escudeiro: Big Data. O infinito espaço de armazenamento e processamento de dados na nuvem permite a criação de algoritmos para a automação de praticamente tudo o que é fabricado pelo homem, transformando em robôs coisas que até então pareciam triviais, como eletrodomésticos, roupas e, por que não, medicamentos. A nanominiaturização dos sensores é a base tecnológica de toda essa “inteligência artificial”, dando vida a objetos que, agora, além de produzidos, são “educados” por linhas de código e “controlados” por redes wi-fi e/ou 4G. 

Essa revolução pode soar como algo muito distante da realidade dos brasileiros, mas a internet das coisas já deixou de ser só hype no mercado americano. A Nest Labs, por exemplo, uma fabricante de termostatos inteligentes, gerou grande estardalhaço ao ser adquirida pelo Google por US$ 3,2 bilhões. Numa primeira impressão, um assunto tão recente lá fora poderia estar a anos-luz de ser pauta de desenvolvimentos locais. No entanto, a criatividade brasileira vem mostrando que os objetos já estão aprendendo a conversar entre si em bom português. E não é só em multinacionais, mas também em setores tradicionalmente brasileiros e com startups locais.

Exemplos podem ser encontrados no agronegócio, principalmente relacionados às dificuldades de gestão de ativos no campo. O sensoriamento de plantadeiras, implementos e, em especial, de colheitadeiras e veículos de transporte já é uma crescente realidade, particularmente no segmento sucroenergético, em que ainda persiste um grande vazio de informação na gestão de atividades de campo. Fazer com que os equipamentos agrícolas conversem automaticamente com a linha industrial, por meio de conceitos de internet das coisas, permite um aumento significativo da previsibilidade na produção, garantindo expressivos ganhos de produtividade. As coisas do campo, portanto, começam a aprender a falar a língua das coisas na fábrica. O empreendedor agrícola brasileiro, acostumado a incorporar biotecnologia e tecnologia da informação ao dia a dia para gerenciar a enorme volatilidade inerente ao campo, se torna um early adopter dessa revolução tecnológica. Em 2013, a companhia eleita mais inovadora da América Latina pela revista Fast Company foi a ex-startup (hoje já gente grande) Enalta, pioneira do setor de internet das coisas para o setor agro.
No segmento pecuário, a adesão de brincos de identificação de gado, já disseminada entre os produtores, ganha ares de futurismo na substituição dos antigos registros e códigos de barras por etiquetas (tags) de radiofrequência e, ainda mais recentemente, por Beacons – tags ativas que conseguem enviar informações e comandos entre si, criando redes de sensoriamento e controle a distância. Trata-se de um cenário de gestão de gado “3.0”, em que sensores instalados nos próprios bois criam uma rede automonitorada, conectada à web. Startups brasileiras, como a BovControl, estão entre os maiores destaques do mundo em tecnologia para a pecuária.

O uso de beacons para bois ganha analogias igualmente criativas fora do campo. Um exemplo com boa tração no mercado é o uso de dispositivos para o rastreamento colaborativo de veículos (motos, principalmente), sem a necessidade do uso de sistemas de rastreamento via satélite e seus altos custos de infraestrutura de telecomunicação. Um grande case de sucesso local é a startup SportyMoto. Outra boa analogia está no mercado de gestão de ativos móveis, utilizando beacons para gestão automatizada de estoques e também na facilitação do trabalho de inventariado, hoje serviço faraônico de final de ano em muitas corporações, em especial aquelas auditadas. Outra startup nacional vem desbravando esse campo: RFIdeas, uma das finalistas do Desafio Brasil 2013.

A internet das coisas está invadindo o Brasil com uma revolução silenciosa, pois ainda está bastante focada no B2B (soluções corporativas). Mas é uma questão de tempo até que migre também para aplicações do consumidor final (B2C), interligando nossos apartamentos, carros e outros ambientes pessoais. Como usuários, teremos ganhos enormes de produtividade, mas alguns alcançarão conquistas ainda maiores ao protagonizar essa onda. As oportunidades para empreender no ecossistema de internet das coisas são vastas. Basta acessar o Tech Crunch regularmente para ver as startups que estão surgindo e vencendo no mercado americano. Imitar e lançar um modelo de negócio ajustado ao Brasil pode ser uma das grandes oportunidades do momento. Dinheiro de investidor não vai faltar.

Governo faz planos para ajudar empresas de "Internet das Coisas"

Governo faz plano para ajudar empresas de ‘internet das coisas’

Internet das coisas: conceito conecta todos os dispositivos à nossa volta  (Foto: Reprodução )


Até o final deste ano (2015), o Ministério das Comunicações vai apresentar uma proposta que servirá como base para a criação do Plano Nacional de Comunicação entre Máquinas (M2M) e Internet das Coisas (IoT). O documento vai estabelecer diretrizes para estimular as empresas a investirem em projetos relacionados à “internet das coisas”em todo o Brasil.
A internet das coisas – apelido dado à revolução tecnológica que vai conectar todos os dispositivos à nossa volta – entrou na pauta do governo brasileiro em outubro do ano passado. Desde então, fabricantes de equipamentos, empresas de telecomunicações, universidades, representantes do governo e da sociedade se reuniram três vezes para debater o potencial da tecnologia e os desafios locais para novos investimentos na área, considerada estratégica.
“A comunicação máquina a máquina tem potencial para beneficiar principalmente os países em desenvolvimento”, diz o secretário de telecomunicações do MiniCom, Maximiliano Martinhão. Segundo ele, a internet das coisas pode ajudar o Brasil a se tornar mais eficiente em diversos setores: com a conexão de máquinas à internet na indústria, a gestão pode acontecer em tempo real; na saúde, hospitais poderiam liberar e ocupar leitos com maior rapidez, de acordo com a evolução do estado dos pacientes.
Em julho, o grupo de estudo que trabalha com o governo definiu sete áreas prioritárias para investimentos: agricultura, cidades inteligentes, educação, energia, logística, saúde e produtividade industrial. Agora, o grupo se debruça sobre outros aspectos, como a regulação das empresas, a tributação de produtos e serviços, os requisitos de segurança dos dados e a capacitação de pessoas para trabalhar em projetos.
“É preciso ter uma regulação que proteja o consumidor, mas ela não pode inibir a criação de novas empresas”, diz a líder para a indústria de telecomunicações da consultoria Deloitte no Brasil, Marcia Ogawa. Segundo ela, embora a política seja importante para o País, as empresas não devem esperar para fazer investimentos, sob o risco de perder o bonde, já que o mercado está em rápida aceleração.
Potencial. Segundo a consultoria IDC, o mercado global de internet das coisas deve alcançar US$ 1,7 trilhão em negócios até 2020. Outra consultoria global, a Gartner, aponta que, em cinco anos, mais de 20 bilhões de objetos – da geladeira da sua casa aos contêineres que transportam produtos pelo mundo – estarão conectados à rede.
O Brasil, segundo o MiniCom, já é o quarto maior mercado do mundo em conexões móveis entre máquinas. De acordo com dados de agosto da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), 2,5 milhões de dispositivos que transmitem dados para sistemas, sem intervenção humana, estão em operação no País. A previsão do governo é de que este número ultrapasse 1 bilhão até 2020.
Em relação aos projetos em andamento, o Brasil ainda dá seus primeiros passos. A maioria dos investimentos por aqui incluem o monitoramento de dados por meio de sensores, como de GPS ou de umidade, que enviam informações para um sistema gerenciado por pessoas. Em países desenvolvidos, onde as aplicações são mais maduras, os sistemas de gestão recebem dados dos sensores e tomam decisões baseados em um conjunto de algoritmos pré-programados.
A alta carga tributária é um dos principais entraves para os projetos. Apenas o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) responde por cerca de 40% dos custos dos terminais de comunicação. “Queremos fazer parcerias com os Estados para reduzir o ICMS para desenvolver o setor”, diz Martinhão.
Até o momento, o único subsídio a dispositivos de comunicação entre máquinas no País foi o desconto de 80% da taxa do Fundo de Fiscalização das Telecomunicações (Fistel). Ela é recolhida anualmente pela Anatel sobre qualquer aparelho de comunicação em operação.
Entraves técnicos. O Plano Nacional de Internet das Coisas também quer garantir a interoperabilidade dos sistemas, isto é, a capacidade de dispositivos fabricados por diferentes empresas se comunicarem.
Outro aspecto contemplado é a segurança das transmissões. De acordo com o professor de ciências da computação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Antonio Loureiro, a maior parte dos dispositivos conectados – objetos equipados com sensores capazes de enviar informações – são vulneráveis, já que sua capacidade de processamento é limitada. “Isso impede o desenvolvimento de soluções de segurança sofisticadas”, diz o professor.
Enquanto a internet das coisas envolver aplicações com menor risco às pessoas, a segurança não será tão importante. Num futuro não tão distante, porém, ela será decisiva.

Big Brother Brasil - Real Time Location System RTLS over WiFi by Accuware @Big Brother Brasil...

No Big Brother Brasil ninguém escapa do RTLS.



RFID - Vem aí a placa eletrônica veicular (será) ?

Portaria do Denatran dispõe sobre requisitos técnicos para a implantação do Sistema Nacional de Identificação Automática de Veículos (Siniav)
Por Marcelo Lubaszewski - RFID Journal Brasil
No dia 31 de dezembro de 2015, o Denatran publicou a portaria 270/15, que animou o mercado brasileiro de empresas de identificação por radiofrequência (RFID). A portaria dispõe sobre os requisitos técnicos necessários para a implantação do Sistema Nacional de Identificação Automática de Veículos (Siniav), um projeto que vem sendo postergado há anos devido a razões diversas, mas que agora promete sair da prancheta.
O Siniav prevê que em todos os veículos automotores, elétricos, reboques e semirreboques – exceto os veículos militares – seja instalado um chip RFID. O objetivo é permitir uma melhor fiscalização sobre os veículos, tanto no que se refere ao recolhimento de impostos e taxas como sobre a sua localização, quando ocorrerem roubos ou furtos de veículos, fomentando e subsidiando ações de inteligência nas áreas de segurança e gerenciamento de trânsito.
O que se espera, a partir da publicação da portaria, é que o Siniav possa realmente ser implantado em todo o Brasil, trazendo benefícios para o ecossistema dos transportes. Há expectativa de que novos serviços, ainda nem imaginados, surjam graças à tecnologia de identificação individual que será aplicada aos veículos da frota brasileira, que hoje conta com mais de 90 milhões de veículos, segundo dados do próprio Denatran.
A Ceitec desenvolveu um chip de identificação por radiofrequência (RFID) para ser usado por empresas que estão criando as soluções para o Siniav. O chip RFID UHF da Ceitec atende ao protocolo Denatran G0 (geração zero) do sistema e às suas normas de segurança, criptografia e desempenho. O produto teve desenvolvimento totalmente nacional, e já conta com esse reconhecimento. Além disso, os testes e beneficiamento do produto são realizados na própria Ceitec, no Rio Grande do Sul.
Este cenário conta ainda com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e a Empresa de Planejamento e Logística (EPL) como protagonistas, que utilizarão as informações geradas para a melhoria da inteligência da logística e da fiscalização, como no escoamento da safra, por exemplo, além do Serviço Federal de Processamento de Dados (SERPRO), que é responsável pelo gerenciamento do sistema.
Portanto, um grande passo já foi dado rumo à implantação da placa eletrônica no Brasil. Vamos trabalhar agora pelos passos seguintes.
Marcelo Lubaszewski é presidente da Ceitec.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Beacon - TagPoint no Museu Egipcio Itinerante

Solução brasileira faz gestão patrimonial de ativos

A plataforma Ativis, da Nexxto, utiliza tecnologia de identificação por radiofrequência (RFID) para reduzir tempo e custo na realização de inventários patrimoniais
Por Edson Perin - RFID Journal Brasil
Nexxto, empresa brasileira especializada em soluções corporativas de IoT (Internet das Coisas), lançou uma nova plataforma para o mercado corporativo, com base em tecnologia de identificação por radiofrequência (RFID). A solução automatiza processos desenvolvidos pelas áreas de contabilidade, finanças e controladoria, necessários para a gestão e controle de seus ativos patrimoniais, como a realização e conferência de inventários e atualização desses dados nos sistemas de gestão. Os processos periódicos da ferramenta de software Ativis, da Nexxto, torna possível o controle e a gestão dos ativos imobilizados.
No RFID Journal LIVE! Brasil do ano passado, o case da BM&FBovespa teve destaque no evento pelo uso da tecnologia RFID da Nexxto, neste caso com a solução Artis (leia mais emBM&FBovespa opera com alta disponibilidade e segurança).
A tecnologia RFID empregada na plataforma Ativis da Nexxto, identifica automaticamente itens e objetos à distância. Após a simples leitura recuperam-se as informações previamente armazenadas nas etiquetas (tags), método que diminui consideravelmente o tempo para a catalogação, identificação e localização de um ativo móvel.
Segundo o head de marketing e vendas da NEXXTO, Lucas Almeida, as organizações de qualquer setor ou atividade econômica podem utilizar o Ativis. “A solução foi desenhada para gerir qualquer tipo de ativo, produtivo ou de escritório, mas de acordo com nossos estudos para o lançamento, focaremos o uso da aplicação em larga escala para a gestão de ativos patrimoniais e a realização de inventário em ambientes de escritórios complexos, com muitos móveis – como mesa, cadeira, armário – e aparelhos eletrônicos – laptop, desktop, televisão”, acrescentou.
De acordo com o executivo, a aplicação de escritório é o alvo principal neste momento. “Isso não exclui, absolutamente, o interesse ou a venda da solução para a gestão de quaisquer tipos de bens, desde que o uso se alinhe às especificações técnicas da plataforma”, explica Almeida.
A plataforma utiliza tags de vários fornecedores e fabricantes diferentes. “Os fabricantes e modelos podem variar em função do tipo de ativo e do nível de robustez e superfície de aplicação das tags, exigidos pela necessidade do cliente. Atualmente utilizamos Confidex e Omni-ID na maioria dos casos”, informa.

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Torcedor de futebol americano terá mais estatísticas

Sistema RFID da Zebra Technologies foi instalado em 17 estádios de futebol dos Estados Unidos para rastrear todos os movimentos dos jogadores durante as partidas
Por Beth Bacheldor
Os fãs de futebol americano terão mais dados estatísticos sobre os jogos pela TV. Nesta temporada, enquanto assistem a qualquer jogo da National Football League (NFL), às quintas à noite, os telespectadores serão capazes de visualizar, por exemplo, qual é a distância do receptor, quando o jogador toma a posse da bola. E mais: todas as distâncias em relação à meta serão calculadas enquanto o jogador se esquiva, avança e se move para as laterais do campo. Todas estas estatísticas estão sendo coletadas automaticamente por um sistema de RFID instalado em 17 estádios de futebol dos Estados Unidos.
O sistema RFID de banda ultralarga (UWB), fornecido pela Zebra Technologies, inclui etiquetas RFID embutidas entre a duas camadas de plástico que compõem as almofadas de ombro de um jogador, assim como tags em bolsos traseiros dos árbitros, sobre os topos das correntes usadas para marcar metragem e receptores apostos nas infraestruturas de fita dos estádios, separando a parte inferior e superior dos tiers e normalmente dando suporte a placas de vídeo. A solução para esportes MotionWorks da Zebra pode identificar a localização dos jogadores e equipamentos com alta precisão. As etiquetas de pulso de 6,35 GHz a 6,75 GHz emitem sinal 25 vezes por segundo e têm um alcance de leitura de até cerca de 325 pés. A bateria de cada etiqueta tem uma vida útil de cerca de sete anos.
A Zebra Technologies começou a trabalhar com a NFL em dezembro de 2012. Na época, diz Jill Stelfox, gerente geral de soluções de localização da Zebra, a liga procurou uma solução para controlar os jogadores e estava considerando empregar GPS, vídeo e RFID. Depois de um piloto realizado no ano passado com o San Francisco 49ers e o Detroit Lions, diz ela, a NFL optou por implementar o sistema MotionWorks da Zebra.
A solução irá fornecer o que a NFL chama de "Next Generation Statistics", que será entregue às emissoras NFL Network. O sistema Motionworks irá capturar dados que tradicionalmente devem ser capturados manualmente, incluindo tempo durante pausas e assim por diante. Mas também vai captar o quão rápido um jogador corre e até que ponto ele se move durante um jogo, assim como a localização precisa de dados, tudo em tempo real, durante todo o jogo. Essas informações serão registradas e compiladas em um banco de dados, e usadas para as emissões televisivas.
O que é particularmente original, Stelfox explica, é que as duas tags nas ombreiras proporcionarão não só os dados de localização, mas de orientação. "Uma tag faz o rastreamento, mas a segunda dá a orientação, para que você saiba qual caminho o jogador está enfrentando", afirma. "As tags pulsam e os receptores capturam dados 25 vezes por segundo. Assim, enquanto os fãs veem que um receptor avançou 4 metros, o sistema irá dizer aos fãs exatamente quantos metros, talvez 8 metros, que o jogador se mudou quando ele saiu para o lado e para trás, para não ficar abordado".
Todos os dados coletados são armazenados em um hub conectado ao servidor Motionworks, que está correlacionado com o jogador, a posição correta e a equipe, bem como informações sobre o jogo, a velocidade do jogador, localização e orientação de outros atores envolvidos nesse jogo. Em menos de um segundo, a análise é enviada para a NFL Network e pode ser exibida com gráficos dentro do padrão de dois segundos de atraso na transmissão.
De acordo com Stelfox, a iniciativa é sobre o fornecimento de fãs com entretenimento e informação. "A Zebra e a NFL acreditam estar mudando o jogo. Em qualquer equipe sempre tinha um monte desses dados estatísticos, mas os fãs não tinham acesso a eles", diz. "Agora serão capazes de ver o quanto um receptor tem que rodar".
A solução da Zebra será instalada nos 15 estádios da NFL que hospedam jogos Thursday Night Football. A solução irá capturar informações das equipes em todos os 32 locais.
A solução MotionWorks está em uso em outros locais esportivos também. Dois pilotos da NASCARestão usando para rastrear os movimentos dos membros e dos equipamentos da tripulação durante o treinamento pit-stop, por exemplo. Além disso, as empresas em todo o mundo utilizam o sistema UWB para rastrear ativos e indivíduos em aplicações empresariais.
Stelfox, no entanto, diz que a aplicação da NFL pode ser a "mais legal". "Nossos engenheiros ajustam o sistema em cada estádio antes de cada jogo", explica ela. "Então, um dia, eles são engenheiros de RF e, no outro, estão saindo com os quarterbacks de seus times favoritos. Acho que esta é uma ótima maneira para a indústria de RFID receber um impulso".

Passe livre na balada com tecnologia RFID

Pulseiras RFID
Atire a primeira pedra quem nunca vivenciou um momento de estresse na balada? Seja no bar, no restaurante ou no show de rock, todo mundo já teve que enfrentar algum tipo de fila. Para entrar, para consumir ou até mesmo para sair, é inevitável (e quase que impossível) fugir das inúmeras filas para tudo. Há gente que até desiste antes de sair de casa por conta deste problema. Porém, as coisas estão mudando...

A Branfid Tecnologia - empresa integrante da Incubadora Tecnológica de Pato Branco (PR), voltada para automação comercial - propõe um projeto que utiliza a tecnologia RFID (Radio Frequency Identification) aplicada em boates e clubes de lazer e recreação. Desta forma, será possível controlar o fluxo de pessoas e consumação, com um apelo de sustentabilidade, visando a exclusão das conhecidas comandas de papel, substituindo-as por cartões ou pulseiras.

"Fomos a uma boate, e logo nos deparamos com uma fila para entrar no recinto por conta da distribuição das tradicionais comandas e do processo de revista. Após entrar, vimos que alguém havia derrubado uma destas comandas, ou seja, uma pessoa mal intencionada poderia tirar proveito da situação", explica Lucas Marcante, sócio proprietário da Branfid e tecnólogo em automação de processos industriais.
Benefícios

Para o estabelecimento, uma das vantagens é implementar um sistema de consumação pré-pago. Isso significa que o cliente pode inserir um valor na entrada e ter um saldo de créditos para consumir.

Outro item relevante é a mensuração dos horários de maior concentração de pessoas, tanto entrando ou saindo do local. Desta forma pode-se prever uma espécie de horário de pico e assim, se precaver contratando mais seguranças e atendentes para essa demanda.

O uso do cartão/pulseira RFID também pode gerar um relatório de consumação quase que em tempo real, bem como informações de estoque e consumo.

Para o cliente, o controle do limite de gastos seria de grande utilidade principalmente para quem costuma perder a noção e consumir mais do que o necessário. Além disso, em caso de perda, furto ou extravio do cartão, o bloqueio dele, no ato, evita futuras dores de cabeça.

O uso do cartão/pulseira é pessoal e intransferível, ou seja, cada um tem a sua. Assim, o uso indevido causado por duplicações (muito comum em comandas de papel) se torna impossível. O acessório RFID pode ser vendido em formato de ingresso customizado e oferecer sistema de acesso à área vip, camarotes etc. "Você pode armazenar, na memória interna, horários e datas de um determinado evento e o cartão exerce a função de comanda eletrônica", ressalta Lucas.

A próxima onda da Internet das Coisas começa com RFID

Conforme entramos na terceira onda da Internet das Coisas, com tudo conectado em um ecossistema aberto, a RFID emerge como ferramenta para atrelar objetos, sistemas e redes
Por Bernd Schoner
Bernd Schoner
Para aqueles capazes de ler nas entrelinhas da cobertura da mídia divulgando cada dispositivo de consumo e empresa como prontos para IoT, tornou-se claro que estamos à beira de algo muito grande. Para a maioria dos consumidores e das empresas, a Internet das Coisas é o mais recente acrônimo de tecnologia que representa um novo paradigma de computação para ligar tudo e todos em conjunto através da Internet. Na realidade, porém, a IoT tem ficado um bom tempo em torno só de um conceito.
A primeira onda da IoT nasceu fora do MIT Auto-ID Lab no início de 2000, no qual Kevin Ashton cunhou o termo, e onde os meus colegas e eu começamos a nossa empresa de RFID, aThingMagic. A Internet das Coisas foi tida como um meio de compreensão, onde todos e cada item no mundo fosse localizado, por etiquetas RFID passivas. A visão era ter esta vantagem de inteligência mais direcionada e uma melhor tomada de decisão no espaço da empresa (acho que os fabricantes e varejistas compreenderam e otimizaram a sua cadeia de fornecimento de bens de consumo). Conceitualmente, esse pensamento foi muito progressista e, talvez, um pouco à frente de seu tempo, já que a infraestrutura para suportar este nível de conectividade ainda não estava madura.
Hoje, nós estamos bem na segunda onda da IoT, em que grande parte da explosão de conectividade tem sido alimentada por avanços na localização e tecnologias de comunicação sem fio, como GPS, RFID UHF, Bluetooth e Wi-Fi. Além disso, grandes investimentos por parte de empresas como Google (que, no início deste ano, adquiriu a fabricante de termostatos inteligentes Nest por 3,2 milhões de dólares americanos) estão levando a soluções híbridas que começaram a transpor os ecossistemas que as empresas estão criando, com mais aplicativos voltados ao consumidor.
O problema é que, na maioria das vezes, cada uma dessas redes é por silos. Certos dispositivos e sensores de conversar com outras máquinas, mas as coisas não são geralmente capazes de se comunicar com todas as outras coisas. A Internet permite que as pessoas em todo o mundo se comuniquem com outras pessoas. A verdadeira IoT precisará habilitar objetos e máquinas para fazer o mesmo.
Estamos apenas no início de uma terceira onda da Internet das Coisas, que envolve a implementação da visão inicial de conectar tudo com tudo em um ecossistema aberto. A ThingMagic, por exemplo, que é agora uma divisão da Trimble, oferece uma solução pela qual temos parcerias com empresas de construção para equipar seus locais de trabalho com um aplicativo baseado em RFID que se conecta e se comunica com as pessoas, equipamentos e materiais contidos em edifícios em construção. Máquinas e equipamentos comunicar com os seus operadores, crachás de identificação do trabalhador se comunicar com o pessoal de segurança, sistemas de emergência comunicar com os gerentes, no caso de uma evacuação, e assim por diante. Este ecossistema é fundamentalmente ativado por RFID, e assemelha-se exatamente à IoT como foi concebida no MIT Auto-ID Lab.
Quando as primeiras soluções de RFID estavam sendo construídas, os sistemas envolviam tags caras, com infraestruturas de leitor caras e middleware caro. Mas, como Wi-Fi, redes celulares e software baseado em nuvem como um serviço (SaaS) arquiteturas se onipresente, nós vamos continuar a ver esse tipo de máquina-a-homem e máquina-a-máquina de comunicação tornam-se cada vez mais acessível e fácil de implantar.
Agora, o ideal da IoT pode ser melhor representado pelo smartphone. Enquanto ele ainda está longe de ser o dispositivo conectado final na sua forma atual, certamente teria parecia improvável, a menos de uma década atrás, para sugerir que por este ponto no tempo, que seria capaz de pagar nossas contas, navegar nossos carros, e vídeo-chat, usando um dispositivo que cabe no bolso. Assim, o progresso que fizemos em colocar as capacidades de dezenas ou centenas de dispositivos em um único dispositivo é indicativo de como nós estamos tendendo: em direção a dispositivos e sistemas que unem um mundo conectado ao nosso redor.
No entanto, chegar a esta nova onda da Internet das coisas, em que a tecnologia permite que as coisas de sentir e adaptar-se às mudanças em seus ambientes para melhor atender as nossas necessidades, vai depender de resolver o problema da última quintal: Temos de ser capazes de se comunicar com até mesmo o menor objeto, em qualquer lugar no globo, e permitir que os sensores no mais improvável dos lugares. Para muitos dos milhares de milhões de coisas que requerem essa conectividade, RFID passivo é a tecnologia que vai permitir-nos para amarrar objetos, sistemas e redes em conjunto de forma eficaz em termos de custos. Como o custo de itens etiquetados foi caindo ano após ano e como a infraestrutura de conectividade só está melhorando, estamos abraçando plenamente a próxima onda da Internet das Coisas.
Bernd Schoner é vice-presidente de desenvolvimento de negócios e co-fundador da ThingMagic.

Hospital Israelita Albert Einstein usa RFID para rastreamento de ativos

Com o sistema, a instituição localiza equipamentos médicos, monitora temperatura de geladeiras e amplia sua capacidade de controle de recursos 
Por Edson Perin
Hospital Israelita Albert Einstein, um dos mais conceituados da América Latina, implantou um projeto de rastreabilidade utilizando a tecnologia RFID (identificação por radiofrequência) com a NEC Brasil, provedora de soluções convergentes de redes de comunicação e Tecnologia da Informação. O projeto teve início em meados de 2009 e conta com um sistema pioneiro na América Sul, desenvolvido para as necessidades específicas do setor de saúde, com capacidade de rastreabilidade e visibilidade. 

A solução foi customizada de acordo com a demanda do hospital e oferece controle de temperatura das geladeiras e localização de um conjunto de aproximadamente 500 equipamentos médicos, por meio da rede sem fio do hospital. O objetivo é liberar os profissionais da instituição para atividades focadas no atendimento aos pacientes de maneira mais ágil e eficiente. Além disso, a solução foi projetada para ampliar a capacidade de controle sobre a utilização e o direcionamento dos recursos internos. 
De acordo com Elizabeth Sayuri Hitomi, Analista de Negócios do hospital, a instituição tem utilizado a tecnologia de RFID para a finalidade de rastreamento e localização de equipamentos médicos (bombas de infusão, ventiladores mecânicos, macas e cadeiras de roda); monitoramento de temperatura nas geladeiras e câmaras do banco de sangue, laboratório, pesquisa clínica e nutrição; acionamento rápido de equipes por meio de botões nos processos de segurança e transporte de pacientes; e análise de fluxo de pacientes. 
O hospital possui um grande número de geladeiras, com temperaturas distintas para cada material, como bancos de sangue, de tecido, de leite, medicamentos etc. Além disso, as diferentes certificações que o hospital possui exigem um rigoroso controle da temperatura desses depósitos garantindo que a armazenagem esteja de acordo com as regras previstas em lei. Por isso, essa verificação, realizada diversas vezes ao dia, despendia muito tempo de trabalho dos colaboradores.
Com a solução, o processo se tornou automático, graças ao uso de tags para medição e transmissão de informações das geladeiras, medindo constantemente as temperaturas e ligadas a um software que realiza todo o gerenciamento. Caso haja alguma anomalia, o sistema envia alertas instantâneos aos responsáveis. 
Já a solução de localização de equipamentos, permite maior organização do fluxo de materiais, como bombas infusoras e monitores multiparamétricos. Em cada um dos itens também foi colocada uma tag, que indica a localização e as condições de cada instrumento. A tecnologia faz o mapeamento da movimentação dos equipamentos via rede sem fio, diminuindo o tempo de procura dos instrumentos e evitando perdas.
Além disso, o sistema é capaz de gerar alertas sobre a situação de cada material e avisar aos gestores quando os objetos estão indisponíveis, se estão na etapa de higienização ou de manutenção. Com isto, o hospital já alcançou resultados na otimização dos processos internos e, por isso, pretende expandir a solução para outros ativos e melhorar ainda mais o gerenciamento do fluxo de atendimento ao paciente. 
Elizabeth explica que a solução está sendo implantada em quatro fases, de acordo com a expansão dos recursos de infraestrutura. A fase zero envolveu a adequação da infraestrutura e a finalização está prevista para junho de 2012. A fase um compreendeu monitoramento de temperatura e acionamento de botão de pânico, concluído em 2010. O rastreamento de ativos entrou em operação em 2010 e foi a fase dois. E o piloto de Fluxo de Pacientes, fase três, em abril de 2011. 
“A tecnologia é complexa”, diz Elizabeth, “pois exige altos níveis de estabilidade em infraestrutura de rede wireless, conhecimentos da aplicação e aprofundamento do estudo dos processos para implementação das regras de negócios, contemplando mudanças culturais”. Os principais desafios, segundo ela, foram: qualidade da rede wireless (padronização, monitoramento, interferência de sinal); definição de equipe de suporte e responsabilidades sobre a solução, “pois é uma tecnologia que exige alto nível de conhecimento em wireless, na aplicação e nas regras de negócio”, explicou a Analista de Negócios; mudanças culturais com as alterações geradas após a automação de processos. 
A tecnologia RFID foi escolhida para solucionar os desafios rotineiros do hospital, como a dificuldade para localização de equipamentos, bem como registros eletrônicos sobre monitoramento de temperatura com fins de auditoria e dificuldades no acionamento de equipes. “Cada um dos casos de uso possui um determinado processo”, esclarece Elizabeth. “Em uma visão geral, como são tags de tecnologia ativa, a informação é gerada automaticamente pela tag e enviada ao sistema através de rede wireless”. 
Como a entidade possui cobertura wireless em todas as unidades e a programação de envio de informação está na tag, segundo Elizabeth, não é necessário que esteja fixa ou precise passar por determinado ponto para gerar informação no sistema e acionar os alertas. “No entanto, quando se faz necessário definir um local com precisão, podemos acionar os exciters e chokepoints, que são equipamentos de baixa frequência responsáveis por acionar o envio de informação da tag para a rede wireless, sem depender da programação contida nele. Já os alertas foram configurados de acordo com as regras do negócio no próprio sistema, conforme os casos de uso”.
Elizabeth dá exemplos. “No monitoramento de temperatura, as tags estão configuradas para enviar a informação periodicamente. No sistema, são configurados ranges de temperatura. Caso a informação proveniente da tag esteja fora das condições determinadas, um alerta é enviado à equipe de manutenção informando a necessidade de verificação da mesma, de forma proativa”. 



De acordo com a executiva, algumas tags possuem botão que permitem o acionamento eventual de equipes por meio do envio de mensagens por e-mails para smartphones. “No piloto de fluxo de pacientes, o desafio era indicar ocupação de salas e tempos de espera de pacientes”, salienta. “Portanto, o paciente recebia uma tag ao entrar no pronto-atendimento e, conforme sua movimentação no ambiente, eram alteradas as cores da sala indicando a ocupação e era alterado status daquele paciente”. Alguns alertas de tempo de espera foram configurados para que um gestor de filas pudesse atuar proativamente quando algum paciente ficava em espera por um tempo mais longo. 



A principal empresa contratada para a implantação da solução foi a NEC, de acordo com Elizabeth. “O fabricante da solução, Aeroscout, teve bastante participação também, tanto com recursos técnicos durante as implementações quanto com recursos de gestão de projeto”, diz a executiva. Para o projeto foram usados dois servidores IBM, dois appliances de localização da Cisco, cerca de 1.500 tags ativas da Aeroscout, mais de 1.000 access points da Cisco e cerca de uma centena de exciters e choque points da Aeroscout. 



De acordo com Luiz Villela, diretor geral de marketing e negócios da NEC Brasil, o setor de saúde apresenta uma demanda muito grande por tecnologias voltadas a liberar os profissionais de saúde para que eles possam se concentrar em atividades mais importantes. “Apostamos em uma grande adesão do mercado por projetos que incluem tecnologia RFID e estamos investindo na difusão dessa solução em diversas instituições do País”, afirma. 



“A solução possibilita uma ampla cobertura do sinal, o que permite o monitoramento de estabelecimentos de grande porte e intenso fluxo de trabalho, como é o caso do Eisntein”, diz Villela. “A capacidade de rastrear e visualizar as condições dessas diversas áreas dentro das entidades de saúde permite maior controle dos processos internos e o gerenciamento mais equilibrado dos recursos, que passam a ser melhor alocados, de acordo com as necessidades observadas no dia-a-dia. Essas vantagens reduzem substancialmente os custos dos gestores, tanto com a otimização do trabalho dos profissionais, quanto com a agilidade na utilização dos equipamentos”.

MEDICAMENTOS - SISTEMA INOVADOR NO HOSPITAL DE GAIA

Tecnologia RFID torna o sistema de saúde mais eficiente em hospitais

Tecnologia RFID torna o sistema de saúde mais eficiente em hospitais

Tenho acompanhado tanto no Brasil quanto la fora o setor de saúde pública e privada. Em linhas gerais, há no Brasil uma procura por melhorias e por avanços neste setor, principalmente com um enfoque no emprego de novas tecnologias destinadas a melhorar a segurança, rapidez e a qualidade dos atendimentos nos hospitais. Existem vários casos de sucesso no mundo e o Brasil está procurando o que há de melhor. Mas nem sempre vemos acertos nessas estratégias. Mesmo em muitos casos existindo forte dedicação e envolvimento, talvez a falta de conhecimento sobre novas tecnologias ainda colocam alguns desses projetos e algumas dessas instituições para percorrerem caminhos tortuosos.
Olhando através de uma ótica positiva, vemos que o Brasil está investindo em sistemas para auxiliar na marcação de consultas, digitalizar formulários e prontuários além de investimento na compra de equipamentos mais modernos.
RFID hoje já é realidade em alguns hospitais privados do país, como é o caso do Albert Einsten que utiliza a tecnologia para rastreamento de ativos e controle de pacientes. Porém, a adoção dessa tecnologia no setor publico ainda é rara ou inexistente.
Levantamento feito pelo Tribunal de Contas da União sobre a saúde pública no Brasil apontou que falta de medicamentos e insumos hospitalares, ausência de aparelhos ou equipamentos obsoletos, não instalados ou parados por falta de manutenção, além deinsuficiência de recursos de tecnologia da informação são as grandes causas para os problemas no setor. Cerca de 77% dos hospitais bloqueiam leitos, (inclusive em unidades de terapia intensiva), por falta de equipamentos mínimos nos quartos ou nas enfermarias além da ausência de sistemas ou tecnologias que auxiliem para um trabalho mais eficiente e seguro. Esse retrato preocupante do sistema de saúde brasileiro vai diretamente ao encontro e a necessidade do setor em utilizar tecnologias como oRFID para potencializar seus processos e melhorar a qualidade no atendimento aos pacientes.
Nesses casos, a aplicação da tecnologia RFID certamente ajuda os hospitais a melhorarem seus processos e serviços. Por exemplo, o Gador Laboratories, um dos maiores fornecedores de remédios da Argentina, está rastreando com RFID produtos farmacêuticos individuais, além dos palletes em que são transportados, com intuito de reduzir a falsificação. A Agência Nacional para Controle e Administração de Alimentos e Medicamentos da Nigéria está usando o RFID para autenticar produtos farmacêuticos, combater falsificadores e melhorar a qualidade dos medicamentos vendidos no país.
RFID_for_Hospitals
RFID pode ser extensamente aplicado no setor de saúde e nos hospitais como por exemplo no controle de recém-nascidos, controle e rastreabilidade de bolsas de sangue, auxilio ao Sistema de Manchester de Classificação de Risco (com objetivo de otimizar e organizar a chegada e o fluxo de pacientes em clínicas e hospitais). Todos esses são pontos em que o RFID bem utilizado certamente potencializa e melhora a a qualidade dos serviços prestados no setor de saúde. Como mencionei no post anterior “Por que o RFID é essencial para as empresas que querem se destacar?” o ideal é que os profissionais dessa área pensem em seus projetos identificando parceiros tecnológicos que possam auxiliar para que o objetivo seja alcançado. A adoção de novas tecnologias e ferramentas trazem oportunidades! É apenas questão de se antecipar e aproveitar as chances!