As etiquetas de identificação por radiofrequência (RFID) servem para acompanhar a entrada, armazenagem e saída de mercadorias na Coopercam, em Minas Gerais
Por Edson Perin
6 de janeiro de 2016 - A tecnologia de identificação por radiofrequência (RFID) está sendo utilizada para controlar automaticamente os estoques de café da Cooperativa dos Cafeicultores de Campos Gerais e Campo do Meio Ltda (Coopercam), que abrange também produtores rurais de leite e outros produtos agrícolas e pecuários. A cooperativa está localizada em Campos Gerais, sul de Minas Gerais, município com elevado número de pequenas propriedades e produção anual de 600 mil sacas de café, segundo a cooperativa.
Estoque de café da Coopercam, rastreado por RFID |
De acordo com Hendrix Brasiliense, sócio da Brasilsync, empresa que realizou a integração dos sistemas com RFID, a Coopercam ganhou em agilidade de processos, com redução do tempo para execução de tarefas relacionadas ao armazenamento de café, redução de custos, informações da real situação dos tipos de grãos disponíveis e em uma plataforma web, de fácil acesso. “Os gestores acompanham tudo o que acontece dentro do armazém”, diz Brasiliense. “Desta forma, a RFID mostrou-se uma solução viável, que melhorou os processos e trouxe mais confiabilidade na execução das tarefas”.
Assim que o café chega para ser armazenado, o conteúdo da bag passa a ser relacionado à tag, identificando o item e o seu endereçamento no local de estoque, informações que são gravadas no sistema. “Essa informação segue por Wi-Fi em tempo real”, diz.
As tags (etiquetas) de RFID servem para mapear cada endereço de localização dos armazéns de bags com café e as próprias bags. “As tags usadas para o gerenciamento de localização geram a informação no mapa do armazém”, explica Brasiliense. “Nas bags existe uma bolsa onde colocamos a tag que vai identificar o item. Então, quando o café é descarregado e encaminhado para a bag, todo o processo tornou-se automático”. As pilhas de bags do armazém têm identificações no solo, que são lidas pelas empilhadeiras. Se uma bag for colocada em local errado, o sistema avisa o condutor do veículo, por uma tela em seu painel, que então tem de recolocar o produto no endereço indicado.
O sistema RFID realiza toda a leitura dos armazéns, facilitando os processos de embarque e localização dos lotes de café, pois o sistema permite o mapeamento do armazém e ter uma visão gráfica da posição de cada bag em tempo real. As opções de filtro facilitam a busca por um determinado tipo de padrão de café, quanto aos seus aspectos. “Outra questão que facilitou bastante”, diz Brasiliense, “foi com relação aos cafés que são certificados, sendo possível localizar de forma visual através do sistema o posicionamento dentro do armazém, agilizando a auditoria”.
O Middleware, que faz esta comunicação, foi desenvolvido pela Brasilsync, na cidade de Paraguaçu (MG). “O Middleware fica embarcado em uma plataforma na empilhadeira, onde filtra os dados brutos coletados pelas antenas do leitor, adiciona a semântica de negócio e atualiza o servidor do sistema”, acrescenta.
A decisão pelo investimento começou com um desafio na Coopercam: encontrar uma solução para gerenciar as rotinas do armazém de café em bags, receber o produto, endereçar e armazenar de forma correta. “Outro aspecto importante”, afirma Brasiliense, “foi buscar uma forma de tornar as informações mais precisas sobre a movimentação das bags dentro do armazém ou quando o café sai de um determinado local de armazenamento e vai para outro”.
Buscando opções no mercado e sem encontrar nenhuma ferramenta que fosse capaz de gerir todos esses processos, a Coopercam encontrou na RFID a possibilidade de solução para o problema. “Com a implantação do sistema com RFID conseguimos automatizar todo o processo de armazenamento, endereçamento, rastreamento e movimentação de bags”, informa Brasiliense.
A tecnologia aplicada deixou os processos muito mais simples e ágeis, na visão da Coopercam. “A RFID hoje nos ajuda a localizar mais de 4.500 bags de café em mais de 1.200 endereços disponíveis dentro dos armazéns, o que, com papel e caneta, seria um trabalho praticamente impossível ou altamente propício a erros”, atesta Brasiliense.
O leitor RFID foi instalado na empilhadeira e interligado a um computador de bordo e a um monitortouch (sensível ao toque), que efetua a comunicação com o servidor de dados e exibe as informações do processo para o operador da máquina. A leitura é feita continuamente de acordo com o tempo pré-estabelecido na configuração.
Matéria completa em: http://brasil.rfidjournal.com/noticias/vision?13904/
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