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segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Leitor RFID é plug and play?

Saiba quando os leitores já vêm preparados para lidar com as mais variadas aplicações possíveis e com os mais variados ambientes de instalação
Por Renata Rampim de Freitas Dias - Fonte: RFID Journal Brasil
A identificação por radiofrequência (RFID) é um sistema que permite que uma empresa identifique os objetos remotamente utilizando ondas de rádio. Segundo o artigo “How to choose the right RFID system”, produzido pelos editores do RFID Journal em 2011: “As tecnologias RFID são utilizadas para uma ampla gama de aplicações, desde o rastreamento de ativos de grande porte, tais como motores de aeronaves e veículos, para identificar a autenticidade de produtos farmacêuticos e artigos de luxo”. 

E continua: “Diferentes aplicações têm requisitos de desempenho diferentes. Uma empresa de construção, por exemplo, necessita identificar um objeto a 300 metros de distância ou mais, enquanto que um laboratório precisa identificar cada um dos 24 tubos de ensaio em um recipiente de alguns centímetros quadrados”.

Podemos analisar o texto acima da seguinte maneira: em aplicações tão diferentes, o primeiro passo é analisar qual a frequência mais adequada para cada aplicação. Mas, dentro das aplicações que utilizam a frequência de UHF (frequência ultra-alta), os leitores já vêm preparados para lidar com as variadas aplicações, com os variados ambientes de instalação? Alguns sim, outros não. Vou explicar.

Quando adquirimos um leitor UHF, este deve ser programado de acordo com o ambiente de instalação. Para conhecer o ambiente de instalação devem-se avaliar os sinais de radiofrequência em que este ambiente se encontra.

Assim, deve-se realizar um site survey, verificando as intensidades das potências das variadas frequências que estão presentes neste ambiente, dentro da faixa de UHF e fora dela. De acordo com esta analise podem-se verificar se o sistema RFID terá seu desempenho de trabalho afetado, e da mesma forma se ele afetará outros sistemas que já estão operando neste ambiente. Devem-se também identificar os objetos que serão lidos simultaneamente.

Após esta analise, os parâmetros de configuração do leitor deverão ser ajustados para operar com o máximo desempenho. Estes parâmetros são: a modulação; o parâmetro inicial Q - do protocolo Q; as codificações de linha PIE, M de Miller ou FM0; o tempo do TARI; entre outros. Também não se deve esquecer do ajuste da intensidade de potência do transmissor.

Estes parâmetros bem ajustados significam um excelente desempenho de leitura. Note que, no mercado nacional e internacional, alguns desenvolvedores de soluções RFID não estão preparados e nem mesmo conhecem estes parâmetros de ajustes. Ou seja, simplesmente compram os leitores RFID e os instalam com a mesma programação que vem de fábrica. Consequentemente, degradam a solução RFID. Portanto, estes leitores eu os classifico como NÃO “plug and play”.
Depois desta percepção dentre os desenvolvedores de soluções, uma companhia mundialmente conhecida, desenvolveu uma série de leitores que fazem todos estes ajustes dinamicamente de acordo com o meio de instalação.

Sendo assim, o leitor é adquirido com uma programação, mas no momento em que faz a primeira leitura este analisa o meio e ajusta os parâmetros mais importantes para uma boa leitura. Se o cenário do ambiente mudar, a programação também mudará independente do conhecimento do técnico que instalou todo o sistema RFID. Desta maneira, estes leitores eu os classifico como “plug and play”, SIM.

É obvio que mesmo estes que estes parâmetros sejam ajustados dimanicamente, um técnico especializado deve ser consultado para um projeto RFID pois, muitas vezes, o custo de e ter esta facilidade não se justifica financeiramente, tornando inviável a instalação deste tipo de leitor e configuração.

Um especialista em RFID é necessário para, não apenas instalar o sistema RFID, mas – principalmente – desenhar um projeto que atenda a todas as necessidades da organização no que se trata de identificação dos objetos por radiofrequência.

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