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quarta-feira, 6 de julho de 2016

4 tecnologias que vão transformar o varejo




Etiquetas inteligentes de RFID e realidade aumentada são duas delas - intuito é melhorar a experiência dos clientes e ajudar na estratégia de vendas.



Com o reflexo do mundo digital, que trouxe conceitos como a mobilidade e hiperconectividade, a tecnologia é crucial para garantir a competitividade e atrair clientes. Grandes varejistas já têm feito uso de ferramentas que otimizam processos e proporcionam ao público uma experiência de compra mais completa.
“O investimento vai desde tecnologias para agilizar o processo fabril até para atender às novas necessidades dos clientes, mais imediatistas e exigentes”, diz Cesar Ripari, Chief Technologist do segmento multi-indústria da HPE. A perspectiva é que, entre três e cinco anos, o varejo esteja transformado, baseado em tecnologias de inovação.
Ripari explica que a questão, agora, é dar os passos de acordo com a aceitação do consumidor – pois é ele quem dita o momento certo de adotar uma inovação. “Funciona como com as compras pela internet ou o pagamento de contas pelo celular, sistemas que no começo geraram desconfianças e algumas dúvidas e que, atualmente, são comuns para a maioria das pessoas”, explica.
Veja a seguir as quatro principais tendências tecnológicas para o varejo:
1. Etiquetas RFID
A tecnologia de RFID, embora não seja novidade, pretende substituir a já conhecida leitura do código de barra, que identifica qual é o produto e seu preço. Popularizada em sistemas como o de pagamento automático de pedágios, o RFID (acrônimo para Radio-Frequency Identification ou, em português, Identificação por Rádiofrequência), é um método de identificação por de sinais de rádio, capaz de armazenar dados. “É possível, por exemplo, ao término das compras no supermercado, fazer uma única leitura do carrinho e validar todos os produtos sem precisar passar item por item no caixa. Todos os itens serão validados de uma única vez.”, diz Ripari. Além de agilidade para o consumidor, ajuda o estabelecimento a controlar melhor o estoque, organiza o processo de logística com os fornecedores e permite o rastreamento de qualquer produto, já que cada item tem um código único. Outra vantagem, é identificar a curva de saída dos itens, garantindo mais assertividade no ciclo de recompras dos estoques.

2. Tecnologia Beacon

Um dos benefícios da tecnologia beacon é medir o fluxo de movimentação dentro do espaço físico do estabelecimento e informar em quais espaços as pessoas ficam mais e por quanto tempo. “Ela ajuda a direcionar as estratégias de marketing, como definir o melhor local para uma campanha e auxiliar na redefinição do layout do estabelecimento para estimular a compra de um produto pouco visado”, explica Ripari. De acordo com ele, dessa forma fica mais fácil entender o fluxo de pessoas e medir a taxa de conversão da loja (o que foi vendido). Como resultado, pode-se definir a melhor a estratégia para atrair o consumidor. É possível acompanhar os movimentos em relatórios diários ou painéis em tempo real.
3. Gôndola virtual
As gôndolas virtuais são painéis que simulam prateleiras, com imagens e preços de produtos. “A ideia é que as pessoas tenham acesso à informações de um determinado produto e comprar de qualquer lugar e a qualquer hora – em estações de metrô, pontos de ônibus ou mesmo em qualquer parede de empresas – apenas aproximando o visor de seu celular”, explica Ripari. Grandes supermercados já têm projetos nesse sentido, mas a tecnologia pode ser usada por empresas de todos os tamanhos e tipos.
4. Realidade Aumentada (RA)
A tecnologia de Realidade Aumentada permite que o mundo virtual seja misturado ao real, gerando mais interação e abrindo uma nova dimensão na maneira como as pessoas adquirem produtos. Por exemplo: é possível saber como uma roupa fica no corpo, apenas direcionando o celular a ela, como se fosse tirar uma foto. “Isso proporciona uma experiência mais completa. O consumidor consegue ver exatamente como um produto fica ou funciona e a compra é feita com mais certeza”, diz Ripari.

segunda-feira, 20 de junho de 2016

Beacon brasileiro está em desenvolvimento em Campinas



Beacon brasileiro está em desenvolvimento em Campinas

Com base na tecnologia Bluetooth Low Energy (BLE), os beacons têm sido um dos caminhos mais simples para empresas entrarem no mundo da Internet das Coisas (IoT)
Por Edson Perin
Sistemas de localização em tempo real (RTLS, do inglês real time localization system), rastreamento, sensoriamento ativo, controle por smartphones, automação simplificada, fidelização de clientes e muito mais. Estas têm sido algumas das utilizações mais comuns dos chamados beacons, tags que funcionam a bateria e com base na tecnologia de identificação por radiofrequência (RFID) conhecida por Bluetooth Low Energy (BLE). Os beacons têm sido um dos caminhos mais simples para empresas entrarem no mundo da Internet das Coisas (IoT).
Agora, com o anúncio de uma parceria entre o CPqD, instituição independente focada na inovação com base nas tecnologias da informação e comunicação (TICs), por meio de sua unidade EMBRAPII, e a Taggen, empresa de soluções RFID, ambas de Campinas (SP), está em desenvolvimento o primeiro beacon 100% nacional. A previsão de lançamento é setembro deste ano (2016) e a expectativa é de que os preços sejam mais competitivos do que os dos importados.
Muitas matérias publicadas no site RFID Journal Brasil mostram casos de uso, de dentro e de fora do país, destes pequenos e inteligentes aparelhinhos, cuja demanda tem crescido muito, devido à facilidade de serem instalados e operados. Um dos exemplos de uso de beacons BLE mostra uma iniciativa da filial brasileira da fabricante das gomas de mascar Trident, de propriedade daMondelêz, que fez dos beacons um caso de sucesso internacional na área de marketing (saiba mais em RFID sustenta promoção de Trident no varejo ou RFID Helps Mondelez Market Its Trident Gum).
Alberto Pacifico, da gerência de desenvolvimento de dispositivos e sensores do CPqD, afirma que a Taggen será responsável pela definição dos requisitos do produto e a unidade EMBRAPII pelo detalhamento dos requisitos técnicos e desenvolvimento do dispositivo. “A principal vantagem será o domínio da tecnologia, que permitirá a independência na evolução do dispositivo, permitindo a geração de novos produtos derivados desta primeira versão”, afirma. Deve-se dizer ainda que a primeira conversa entre executivos do CPqD e Taggen e que deu origem ao projeto ocorreu noRFID Journal Brasil 2015.
Sobre os diferenciais, Pacífico diz que “o produto é inovador por possuir funcionalidades integradas que estão implantadas separadamente em diferentes tipos de dispositivos beacon no mercado, como comunicação bidirecional entre beacon e dispositivo de controle, por exemplo, smartphones, para geração de eventos e alertas; hardware preparado para recebimento de diferentes tipos de sensores; e versões de firmware que operam com diferentes "protocolos beacon", como iBeacon da Apple e Eddystone da Google”.

sexta-feira, 3 de junho de 2016

IoT pode ajudar no combate ao Zika vírus



IoT pode ajudar no combate ao Zika vírus


Consultoria em Internet das Coisas (IoT) está trabalhando para implantar projeto de microscopia digital e acelerar as atividades de triagem do vírus
Por Mary Catherine O'Connor
2 de junho de 2016 - Pense em uma imagem digital que é do tamanho de uma mesa de jantar. Agora, considere digitalizar a imagem para uma cor ou padrão particular. Há uma grande quantidade de espaço para pesquisa neste segmento. Mas o indivíduo que analisa a imagem não precisa estar presente em uma sala de jantar.
Assim é como Deepak Puri, arquiteto-chefe de soluções de uma empresa de consultoria de San Francisco chamada Skilled Analysts, explica patologia digital. O que sustenta este processo é a microscopia virtual, tecnologia que permite que um patologista visualize remotamente sangue ou tecido de amostra sobre uma lâmina de vidro em um microscópio que cria uma imagem de alta resolução, que é então guardada na nuvem.
Os microscópios digitais necessários para este processo são extremamente caros e seu uso requer acesso confiável à internet de banda larga, para que a imagem completa (toda a mesa da sala de jantar, como mencionado acima) possa ser acessível. No outro extremo do espectro de tecnologia estão as lentes de zoom baratas que podem ser conectadas a um smartphone para capturar uma imagem do slide. Mas o detalhe das imagens pode ser inadequado para um patologista em um local remoto para fazer um diagnóstico.
Assim, Puri e sua equipe vêm desenvolvendo uma terceira opção: um retrofit. Começando com um microscópio convencional usado pelos técnicos de laboratório médico, com motores controláveis pela Internet no botão usado para ajustar a lente (que aumenta a imagem), bem como um identificador utilizado para posicionar a corrediça. A equipe também montou uma câmera digital de alta resolução controlável através da internet também. Ao ligar estas três partes do microscópio numa plataforma baseada em nuvem por uma rede celular (assumindo que uma rede desse tipo esteja disponível no local remoto), um patologista em alguma outra parte do mundo pode controlar o microscópio, tirar fotos digitais da amostra e atribuir um diagnóstico.
O aspecto mais difícil, segundo Puri, vem dos controles baseados na web que sejam precisos o suficiente para permitir o ajuste fino que um patologista requer. "Mover as lentes do microscópio é uma operação delicada", afirma.
Inicialmente, a equipe desenvolveu o microscópio protótipo adaptado para uso em aldeias indígenas, de modo que as clínicas poderiam chamar patologistas em cidades distantes e tê-los examinando amostras e fornecendo diagnósticos remotamente. Agora, no entanto, Puri e sua equipe estão também estendendo a mão para ajudar as agências e clínicas em partes do mundo onde o vírus Zika está emergindo.
Se a equipe pode fazer parceria com organizações de ajuda e financiamento de identidade, eles serão capazes de acelerar microscópios de produção e de navios adaptados ao protótipo para partes do mundo onde os trabalhadores de saúde pública estão lutando para melhorar as suas capacidades para diagnosticar o vírus Zika rapidamente. Nessas áreas remotas, o diagnóstico de Zika é atualmente possível somente por patologistas trazendo espécimes ou pelo transporte desses espécimes a patologistas, um processo que pode adicionar um atraso de vários dias antes que um diagnóstico possa acontecer. Além do mais, os espécimes podem ser perdidos ou danificados durante o transporte.
Puri diz que ele e seus colegas estão trabalhando em uma simulação baseada em navegador que "permitirá aos usuários experimentar o microscópio de que é criado em um laboratório na Índia, com uma amostra de sangue em um slide. O usuário poderão controlar as funções do microscópio por um navegador web ".
O RFID Journal vai continuar acompanhando o progresso dos analistas qualificados nos seus esforços para combinar com seu protótipo com clínicas procurando maneiras para responder ou chegar à frente da epidemia de Zika.