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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

RFID fará edifícios inteligentes

RFID fará edifícios inteligentes

Sensores de baixo custo e sem bateria podem ser incorporados a construções para fornecer feedback sobre o estado de suas estruturas
Por Mark Roberti
Quando meu filho pretendia estudar engenharia na Worcester Polytechnic Institute, nas redondezas de Boston, sugeri que ele observasse as áreas que, provavelmente, tornar-se-iam mais importantes durante a sua vida e, portanto, oferecessem oportunidades de carreira melhores. Um exemplo que dei a ele foram os edifícios inteligentes.
Os prédios foram ficando mais inteligentes em termos de eficiência energética. Há edifícios que podem usar a sua própria energia através de painéis solares e água para banheiros através de sistemas de coleta de águas pluviais. Mas quando se trata dos próprios edifícios, eles permanecem tão bobos como nunca.
Isto provavelmente vai começar a mudar, embora lentamente. No ano passado, na conferência e exposição RFID Journal LIVE!, a Smartrac introduziu uma tag RFID UHF com sensor passivo que pode detectar a presença de umidade. O dispositivo é barato e sem bateria, não requer qualquer manutenção e, por isso, pode ser colocado em paredes permanentemente. Por um pequeno custo adicional, um proprietário pode agora ter um sistema precoce de detecção de rachaduras e identificar um vazamento.
Também no LIVE! do ano passado, a Phase IV Engineering introduziu um sensor de deformação que pode detectar a pressão sobre os vergalhões embutidos no concreto. Estes sensores estão sendo incorporados no túnel de trens rápidos de Seattle para ajudar a monitorar a integridade estrutural durante a construção. Estes sensores usam baterias, o que lhes permite leituras e armazenamento de dados coletados ao longo do tempo, mas também podem trabalhar sem baterias. Então, muito tempo depois de as pilhas morrerem, os funcionários podem ler as tags e verificar o nível de pressão sobre o vergalhão no interior das paredes do túnel.
É provável que os edifícios em zonas sísmicas um dia sejam equipados com sensores de tensão. Dessa forma, no caso de um tremor, os engenheiros podem rapidamente e com segurança reunir informações sobre a integridade estrutural de um edifício.
Os sensores de temperatura RFID alimentados por bateria estão sendo usados em alguns centros de dados para monitorar as temperaturas de zonas diferentes, dentro de salas que abrigam centenas ou milhares de servidores. Isso permite que as empresas arrefeçam de forma mais eficiente suas instalações. Num futuro próximo, sensores de temperatura de baixo custo poderão ser instalados nas paredes, dutos e outras áreas de edifícios para monitorar a perda de calor, de modo que os edifícios possam reduzir o consumo de energia.
Espero que, nos próximos anos, os chips sejam capazes de detectar elementos que gerem doenças contagiosas no ar condicionado e sistemas de aquecimento. ATrane, grande fabricante de equipamentos de aquecimento, ventilação e ar condicionado (HVAC), já está usando Internet das Coisas para monitorar a saúde de suas unidades de HVAC. Posso prever que um dia os sensores passivos em dutos dirão à Trane se o ar quente ou frio não está indo a uma área particular.
A chave para edifícios inteligentes, é claro, serão leitores de baixo custo que transformam equipamentos padrão. É possível que um dia, todos os roteadores Wi-Fi também emitam dados de energia por UHF e haja captura passiva dos sensores em prédios. Também pode ser possível ter leitores de baixo custo afixados a telhas e alimentadas por um cabo Ethernet.
Alguns podem pensar que isso é ficção científica. Acho que é apenas uma questão de tempo.
Mark Roberti é o fundador e editor do RFID Journal.

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