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terça-feira, 29 de agosto de 2017

Zoológico monitora saúde de seus animais


Zoológico monitora saúde de seus animais

O zoo e jardim botânico de Cincinnati, nos EUA, equipou 13 de seus pinguins com etiquetas RFID e instalou leitores em suas piscinas
Por Claire Swedberg
24 de agosto de 2017 - Durante anos, a tecnologia de identificação por radiofrequência (RFID) serviu o reino animal, a agricultura e a pesquisa acadêmica, inclusive no rastreamento de animais de estimação, mas o Cincinnati Zoo & Botanical Garden, nos Estados Unidos (EUA), pode ser o primeiro zoológico e jardim botânico a incorporar RFID para rastrear o comportamento e saúde dos pinguins. As tags RFID passivas de ultra-alta frequência (UHF) anexadas às asas de 13 "pinguins pequenos" ajudam o zoológico a criar uma nova medida quanto à quantidade de água que os pássaros precisam para prevenir uma infecção bacteriana conhecida como bumblefoot. Cada vez que os pinguins etiquetados passam por antenas ao redor de sua piscina, o sistema entende melhor seu comportamento de natação.
O zoológico de Cincinnati possui aproximadamente 30 pinguins pequenos, a maior colônia da América do Norte. Esses pássaros aquáticos, nativos da Nova Zelândia, vivem uma vida mais sedentária em cativeiro do que na natureza. Tipicamente, são alimentados com refeição de peixe, krill ou lulas fora da água, e não precisam perseguir suas presas. Na natureza, por outro lado, os pinguins devem nadar para comer. Uma consequência desse estilo de vida é uma condição conhecida como bumblefoot - algo que é inexistente em pinguins selvagens. Bumblefoot se remete à formação de "bumbles" (feridas) que causam inchaço da almofada no pé.
Rickey Kinley e alguns pinguins

Rickey Kinley, especialista sênior do zoológico, diz que o pressuposto comum é que a tendência dos pássaros de permanecer em terra firme por longos períodos de tempo (ao contrário do estilo de vida desses pássaros aquáticos na natureza) leva a lesões bumblefoot. Os pinguins são pássaros relativamente pesados, e muito tempo em pé pode levar a infecções e feridas.
Em 2000, o zoológico começou a experimentar métodos para levar os pinguins à água com mais frequência. Algumas instalações em todo o mundo estão simplesmente mudando suas exposições ou áreas de contenção para forçar os pinguins a passar mais tempo na água. No entanto, não está claro quanto tempo devem permanecer na água para evitar a doença do pé.

O zoológico passou a pesquisar soluções baseadas em RFID para rastrear a atividade física dos pinguins e assim melhorar sua saúde, especialmente a de seus pés. Kinley descobriu que a RFID era usada para rastrear o comportamento dos pássaros na natureza em torno dos ninhos e pensou que a tecnologia poderia funcionar no recinto do pinguim. Sua equipe foi preparando uma solução de baixo custo e criaram seu próprio software e instalaram leitores RFID e tags RFID UHF da Oregon RFID.
O zoológico instalou a tecnologia em janeiro de 2017 na piscina interna dos pinguins, para rastrear quando os membros entram, nadam e depois deixam uma bacia de água. Três antenas são instaladas na água, enquanto uma quarta é implantada na rampa que sai da piscina. Quando os pássaros saíram na primavera, o mesmo sistema foi instalado na piscina exterior.

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