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segunda-feira, 16 de maio de 2016

Nokia visa mercado de dispositivos conectados



Nokia visa mercado de dispositivos conectados

Aquisição de empresa de IoT focada em saúde e fitness, faz parte de sua estratégia para retornar ao mercado de eletrônicos de consumo
Por Mary Catherine O'Connor
10 de maio de 2016 - Quando a companhia finlandesa de telecomunicações Nokia vendeu seu negócio de telefonia móvel para a Microsoft em 2014, muitos devotos de seus aparelhos ficaram cabisbaixos. Mas aqueles fãs receberam uma boa notícia na terça-feira, quando a Nokia anunciou sua reentrada no espaço de eletrônicos de consumo com a aquisição por US$ 191 milhões daWithings, fabricante francesa de produtos da Internet das Coisas focada em saúde, como um monitor de pressão arterial pela internet aprovado pela FDA, agência de saúde dos Estados Unidos (EUA).
A aquisição em dinheiro deve ser concluída até o terceiro trimestre deste ano e colocará a WiThings nos negócios da Nokia Technologies, braço de tecnologia avançada da companhia. A Nokia passou os últimos meses construindo o seu negócio de infraestrutura de rede e em janeiro comprou a fabricante francesa de equipamentos de telecomunicações Alcatel-Lucent. Mas tem sinalizado um movimento no mercado de saúde móvel (m-health), diz Jonathan Collins, diretor de pesquisa da ABI Research.
Alguns produtos da WiThings
"A Nokia começou a falar sobre m-saúde como uma nova área de mercado no final do ano passado", diz Collins, acrescentando que a WiThings, que é focada em dispositivos de saúde e fitness voltados ao consumidor, era um alvo de aquisição natural. Como a concepção estética daApple, bem como os produtos para “early adopters” para casa inteligente e fitness, a WiThings destaca-se no mercado, diz ele.
"A WiThings é uma empresa interessante e inovadora", acrescenta Collins. Outro exemplo é a Misfit, fabricante de rastreadores wearable (“vestível”) de atividades, que a relojoeira Fossil comprou final do ano passado por US$ 260 milhões.
O mercado de saúde móvel viu um forte crescimento em 2015, diz Collins. A ABI Research estima que 92 milhões de produtos foram lançados para desporto, fitness e bem-estar no ano passado, cerca de duas vezes mais do que em 2014. A demanda por dispositivos de saúde para casa (tais como monitores de pressão arterial) tem sido mais lento até agora, mas a ABI prevê uma taxa de crescimento anual de 23% até 2021. A Seeking Alpha estimates estima que a aquisição da WiThings poderia gerar US$ 500 milhões em vendas anuais para a Nokia. Mas Collins afirma que a Nokia está interessada em muito mais do que a venda de dispositivos, uma vez que a proposta de maior valor dentro da indústria móvel de saúde é o desenvolvimento de plataformas para coleta e compartilhamento de dados pessoais de saúde com médicos, seguradoras e empregadores.
Ainda não está claro qual o papel da Nokia no ecossistema móvel de saúde. Ela pode desenvolver uma plataforma para concorrer com a Apple HealthKit e ResearchKit, através dos quais os consumidores podem enviar dados recolhidos por aparelhos móveis de saúde e fitness, por meio de telefones da Apple e, em seguida, aos prestadores de cuidados de saúde. O presidente da Nokia, Ramzi Haidamus, disse que a sua empresa está desenvolvendo uma estratégia de saúde digital chamada WellCare, que ele descreve como um segura e simples de usar, construída em torno de dados e insights que são puxados por dispositivos móveis.
A Nokia Growth Partners (NGP), a empresa de capital de risco da Nokia, anunciou um fundo de US$ 350 milhões para "o crescimento do ecossistema de soluções de Internet das Coisas", segundo um comunicado da empresa. A Nokia disse que iria concentrar os investimentos em produtos voltados para consumo e soluções de saúde conectadas, entre outros mercados, incluindo aplicações de transporte.
Um relatório recente do Mercom Capital Group LLC diz que o primeiro trimestre do ano também viu um aumento no financiamento corporativo e de risco para o setor de saúde digital, com US$ 1,4 bilhões investidos por meio de 146 ofertas, ou seja, 27% de aumento comparado ao último trimestre de 2015. As empresas de tecnologia para saúde com soluções de Internet das Coisas, como wearables e sensores, receberam a maior fatia desse financiamento, com um total de US$ 260 milhões investidos. Empresas focadas em grandes análises de dados foram as segundas maiores receptoras, com US$ 197 milhões em capital de risco.

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